domingo, 27 de novembro de 2011

Abraçar

Em Seu Delírio, joão Foi Reduzido a Um Nome.
Por Este Motivo Tornou-se Um Homem Feliz.


Reuniu Para Si A Mágoa, e A Apagou, Como Se Faz A Um Rascunho. Escrevia Nas Mãos Felicidade, Disciplinara-se em Nomear o Indefinível A Cada Minuto Em Seus Olhos, De Tal Maneira Que Mesmo Quando Vagava Displicente Pela Rua Podia Visualizar A Cor Do Absoluto. Era Uma Cor Bem (Assim) Transfigurada Ou Quem Sabe (Saberia) Azul Turquesa, e Tornava Translúcida Toda A Alegria. Uma Selva De Cores, Era Bem O Que Era. A Cidade, Entretanto, Respondia-Lhe Com Tons Cada Vez Mais Cinzas, Skyscrapers, Dinheiros Cem Mil Duzentos Jogados Na Boca Do Lixo. Bem, Ou Não Bem, Reduziu-se À Sua Amarga e Plena Condição De Nome - O Que Provocava A Inveja Dos Que Se Haviam Resumido A Uma Questão De Números - e Foi Buscar O Único Lugar Que Lhe Escapava.


assim criou, comunicou e entregou-se a um absoluto.
deus abraçou-o à sua chegada, como sói abraçar a um filho, ao que joão retribuiu, dizendo baixo:
- é como acordar.