Gotas d'água
na cuba florida
Santiago, Santiago
Havaná saída
Além de Guantánamo?
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Azul e amarelo
Pela lei do forte, pela ordem
pelo pau no preto, pela rota
Pelo bico, nó na boca
Ave calada, ave calada
verdade escaldada.
pelo pau no preto, pela rota
Pelo bico, nó na boca
Ave calada, ave calada
verdade escaldada.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
A visita ao pier
fui levar um gato preto ao passeio. saímos de nossa casa e ao primeiro big ben entramos
- era uma terra azul bastante desagradável ao toque.
o gato parecia um tanto incomodado, nunca ouvira falar em carrapatos
à fogueira que crescia nos dirigimos
e a beleza nos deu calor
como nada tínhamos, não pudemos dar esmolas
aos poetas e aos executivos famintos
e, caminhando pela música, estacamos
quase próximos ao ponto do pier onde
um casal abraçado chorava
(um belo céu azul menos inconstante do que a terra)
e assim, como sempre, eu e o gato que sequer era meu
nós nos entreolhamos
ele disse cortês, porém atento:
- sim, meu rapaz. é por ires ao pier que te acompanho.
- era uma terra azul bastante desagradável ao toque.
o gato parecia um tanto incomodado, nunca ouvira falar em carrapatos
à fogueira que crescia nos dirigimos
e a beleza nos deu calor
como nada tínhamos, não pudemos dar esmolas
aos poetas e aos executivos famintos
e, caminhando pela música, estacamos
quase próximos ao ponto do pier onde
um casal abraçado chorava
(um belo céu azul menos inconstante do que a terra)
e assim, como sempre, eu e o gato que sequer era meu
nós nos entreolhamos
ele disse cortês, porém atento:
- sim, meu rapaz. é por ires ao pier que te acompanho.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Vales
para a pedra
mover-se é fundamental.
uma rocha somente
é um punhado de morte
várias rochas
são a condição eterna, real e irrefutável
da inexistência do homem na pedra
do pequeno homem da terra.
mover-se é fundamental.
uma rocha somente
é um punhado de morte
várias rochas
são a condição eterna, real e irrefutável
da inexistência do homem na pedra
do pequeno homem da terra.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Açude de Orós
Tenho os olhos mais cheios
do que o Açude de Orós
do que a risada do vencedor
Eu tenho tanta vida,
células na semente,
que não sei bem se caso se fumo
ou se compro uma ilha deserta
Mas eu sei
- quase com certeza -
o que é um sorriso. Este é um
caso
correspondente.
O sorriso são janelas coloridas,
azulejos portugueses
O sorriso é esquecimento
e minha casa lá no alto
Ela abre a janela, eu aceno
olá, alegria, não vire o rosto.
do que o Açude de Orós
do que a risada do vencedor
Eu tenho tanta vida,
células na semente,
que não sei bem se caso se fumo
ou se compro uma ilha deserta
Mas eu sei
- quase com certeza -
o que é um sorriso. Este é um
caso
correspondente.
O sorriso são janelas coloridas,
azulejos portugueses
O sorriso é esquecimento
e minha casa lá no alto
Ela abre a janela, eu aceno
olá, alegria, não vire o rosto.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Pareceres
Parece que eu estou fora de moda
Parece que eu perdi o trem
Parece que o tempo não para
Quando para agoniza e mata
Parece que estou fora de tudo,
De todas
Parece que eu não vejo o brilho
Parece que eu não tenho olhos
Parece maldição, quando pego derrete
Pare de me olhar
Parece, eu não sei mais
Só parece
Parece que eu perdi o trem
Parece que o tempo não para
Quando para agoniza e mata
Parece que estou fora de tudo,
De todas
Parece que eu não vejo o brilho
Parece que eu não tenho olhos
Parece maldição, quando pego derrete
Pare de me olhar
Parece, eu não sei mais
Só parece
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