fui levar um gato preto ao passeio. saímos de nossa casa e ao primeiro big ben entramos
- era uma terra azul bastante desagradável ao toque.
o gato parecia um tanto incomodado, nunca ouvira falar em carrapatos
à fogueira que crescia nos dirigimos
e a beleza nos deu calor
como nada tínhamos, não pudemos dar esmolas
aos poetas e aos executivos famintos
e, caminhando pela música, estacamos
quase próximos ao ponto do pier onde
um casal abraçado chorava
(um belo céu azul menos inconstante do que a terra)
e assim, como sempre, eu e o gato que sequer era meu
nós nos entreolhamos
ele disse cortês, porém atento:
- sim, meu rapaz. é por ires ao pier que te acompanho.
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