segunda-feira, 20 de julho de 2015

À revelia

No primeiro dia uma luz enorme
veio e me abriu os olhos:
batizaram-me Fernando.
E para desgosto e glória dos
céus
amou ser poeta, embora
a poesia não o amasse.

(assim, como um amante forçoso
escrevo como um teimoso
sobre a luz que escorre
e sobre as calças que visto)

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