sábado, 1 de outubro de 2011

Alegria


Angenor, na janela, fumando um cigarro. Sobre o véu escuro de um tanto de decepções, é onde flutuamos. Existe uma voz antiga que cala sempre quando há alegria, e é no avesso da certeza que vige a poesia. Cobrir-se de um manto de incerteza, fumaça de cigarro, dos timbres do violão. Para tanger a lira de esperanças vagas ele esmera-se na moldura, tornando-a obra de arte parnaso-popular, fantasia de carnaval. Porque quando o vate, azougue de linhas tortas, brinca com coisa séria, amor, flor e dor são termos belamente rimáveisAngenor fumando um cigarro em sua janela. Jaz mais uma bituca. Si bemol, Canhoto...

Um comentário: